Doenças Diarreicas Agudas (DDA)
Durante a temporada de verão, com o aumento de pessoas nas áreas litorâneas e de crianças em áreas de recreação, o número de infecções dos agentes que estão em águas aumenta. Além disso, as áreas com inadequado saneamento, as valas de esgotamento sanitário ilegais e o aumento das temperaturas podem favorecer a circulação e permitir maior propagação de agentes que causam a diarreia.
O saneamento básico, água e esgoto tratados e a higienização de alimentos são essenciais para a prevenção dos surtos. Em janeiro de 2023, a Vigilância Epidemiológica (VE) de Florianópolis emitiu alerta acerca de aumento de casos de diarréia no município. No último mês temos visto casos de diarreia ocorrem na UFSC.
O Campus Trindade UFSC tem fluxo diário de 40 mil pessoas, os quais são moradoras de diversos bairros da cidade e municípios vizinhos.
Assim, o Departamento de Atenção à Saúde da PRODEGESP acionou a VE no dia 13 de março de 2023, após informações de servidores e alunos com cólicas abdominais e diarreia para avaliação e investigação da situação, a fim de garantir ações à comunidade universitária.
O QUE SÃO AS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS?
As doenças diarreicas agudas (DDA) correspondem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais, que podem ser causadas por bactérias, vírus, protozoários.
São caracterizadas por uma síndrome em que há ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda em 24 horas, podendo ser acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal. Em geral, são doenças autolimitadas com duração de até 14 dias. Em alguns casos, há presença de muco e sangue, quadro conhecido como disenteria. A depender do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as DDA podem evoluir clinicamente para quadros de desidratação que variam de leve a grave.
Por isso a importância de procurar assistência médica adequada para avaliação clínica e tratamento. Os distúrbios hidroeletrolíticos podem agravar o quadro clínico podendo até levar à óbito. A infecção é causada pelo consumo de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados e também pode ocorrer pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas, e contato de pessoas com animais.
FATORES DE RISCO PARA AS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS:
– Ingestão de água sem tratamento adequado;
– Consumo de alimentos sem conhecimento da procedência, do preparo e armazenamento;
– Consumo de leite in natura (sem ferver ou pasteurizar) e derivados;
– Consumo de produtos cárneos e pescados e mariscos crus ou mal cozidos;
– Consumo de frutas e hortaliças sem higienização adequada;
– Viagem a locais em que as condições de saneamento e de higiene sejam precárias;
– Falta de higiene pessoal.
SINAIS E SINTOMAS:
Ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda no período de 24hrs, podendo ser acompanhados de:
- Cólicas abdominais;
- Dor abdominal;
- Febre;
- Sangue ou muco nas fezes;
- Náusea;
- Vômitos.
- Podem ocorrer também fadiga e astenia.
COMPLICAÇÕES:
A principal complicação é a desidratação, que se não for corrigida rápida e adequadamente, em grande parte dos casos, especialmente em crianças e idosos, pode causar complicações mais graves. O paciente com diarreia deve estar atento e voltar imediatamente ao serviço de saúde se não melhorar ou se apresentar qualquer um dos sinais e sintomas:
- Piora da diarréia;
- Vômitos repetidos;
- Muita sede;
- Recusa de alimentos;
- Sangue nas fezes;
- Diminuição da urina.
PREVENÇÃO
As intervenções para prevenir a diarreia incluem ações institucionais de saneamento e de saúde, além de ações individuais que devem ser adotadas pela população:
– Lave sempre as mãos;
– Lave e desinfete as superfícies, os utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
– Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais;
– Tome água tratada e guarde-a em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita para evitar a recontaminação;
– Não utilize água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou beber;
– Evite o consumo de alimentos crus ou mal cozidos;
– Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada; quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado em local apropriado;
– Evite o desmame precoce (manter o aleitamento materno aumenta a resistência das crianças contra as diarréias).
QUEM PROCURAR EM CASO DE SINTOMAS:
Para reconhecer sinais de desidratação ou disenteria, necessidade de hidratação oral ou venosa, uso ou não de antibióticos, é necessário procurar atendimento médico; especialmente se você tiver algum fator de risco.
DEVO INFORMAR A UFSC QUE EU TIVE DIARRÉIA?
Sim, você deve informar a UFSC se ocorreu um quadro de diarreia com você.
Mas atenção!!! Nunca priorize enviar informações em detrimento da busca por atendimento médico, público ou privado.
Fluxo para envio de informações à SO em casos de Doenças Diarreicas Agudas:
-Chefia orienta Servidor/Servidor procura serviço de saúde, público ou privado, para avaliação clínica, diagnóstico e prevenção de agravamentos como a desidratação.
-Servidor apresenta queixas e/ou afastamentos por quadro de diarreia, concomitante ou não a outros sintomas.
-Chefia ou Servidor envia nome e telefone de quem teve sintomas recentemente para o e-mail da Saúde Ocupacional: saudeocupacional.das@contato.ufsc.br; telefone: 37216230/37216392.
Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dda