Febre Amarela

31/01/2018 09:33

O Ministério da Saúde informou que, no país, entre julho de 2017 e 14 de janeiro deste ano, já foram registrados 35 casos e 20 mortes por Febre Amarela.

A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus (arbovírus), e é transmitida pela picada de um mosquito. Existem dois tipos de Febre Amarela, a Silvestre e a Urbana. No caso da FA silvestre, são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes que transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros, e, Na FA urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegyptii ao homem. A doença não é contagiosa de pessoa para pessoa, somente ocorre quando há a picada do mosquito já infectado com o vírus.

Os sintomas são: febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Pode cursar comquadro grave, e a pessoa desenvolve febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele), sangramento e, eventualmente, choque e falência de múltiplos órgãos.Nesses casos, pode levar à morte em cerca de uma semana, se não tratada rapidamente. Quando ocorre a cura, a infecção confere imunidade duradoura, ou seja, a pessoa não terá novamente a doença.

Não existe tratamento específico contra a doença. São somente tratados os sintomas, como as dores no corpo e cabeça e febre, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de sangramentos.

A prevenção à doença é somente através da vacinação. No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Biomanguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pela rede privada. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha, e têm perfil de segurança e eficácia semelhantes (estimada em 95%).

Desde 2017, o Ministério da Saúde resolveu seguir orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e recomenda apenas uma dose da vacina. Então aqueles que já tomaram uma dose da imunização não precisam mais se preocupar.

Quem deve vacinar?

Os bebês com mais de nove meses de idade. A vacina passou a fazer parte da vacinação de rotina no país e foi incluída no calendário de vacinação deste ano.

Todos os moradores dos 162 municípios catarinenses que integram a Área com Recomendação de Vacina contra Febre Amarela (ACRV) e as pessoas que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata de qualquer um dos municípios brasileiros considerados (ACRV), que ainda não foram vacinados. O Espírito Santo e partes dos estados da Bahia e São Paulo foram incluídos temporariamente pelo Ministério da Saúde na lista de territórios com recomendação de vacinação. Recentemente, o estado de SC definiu que aplicará vacina nos catarinenses que irão visitar qualquer cidade paulista.

A comprovação de vacinação é exigida por alguns países para viajantes brasileiros, já que o Brasil é considerado endêmico para a doença. (Lista disponível no site da Anvisa).

São contraindicações para a vacina: crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos.

Entre os eventos adversos locais descritos o mais comum é a dor no local de aplicação. Que pode durar de um a dois dias, na forma leve ou moderada. Como eventos adversos gerais podem ocorrer: febre, dor de cabeça e muscular.

Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doenças neurológicas e doenças em órgãos.( No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados).

 

Fontes:

www.familia.sbim.org.br/vacinas

www.dive.sc.gov.br/febre-amarela